Ter de resisti à dor, à dor Sem compreender por que à dor, à dor Ter de suportar viver à dor, à dor E sem merecer à dor, à dor Se é esse o meu destino, quem é o algoz que o traçou Quem me contaminou Quem me doou a dor Homem não existe para ser só animal A sua história é mais que corporal Abre o sentido para ter, a liberdade Com todo mundo que é seu igual E solidário Pensará Amará Sonhará Saberá Que a felicidade da cidade não tem que o mato matar Ai a dor vai nos unir O fim da dor começa é assim É o filho que não para de crescer A fruta que vai madurar Aquela mão, aquela paz, morena, é aquele olhar Que é sempre, verde verdejá É aquele gesto humano É aquela voz humana É aquele amor humano, que chega e diz que vai ficar