Esse canário, coitado Privado na liberdade Numa gaiola trancado Canta às vezes sem vontade Mas poderia seu cântico Ser bonito e romântico Cheio de inspiração Mas o canário indefeso Só canta os gritos do preso Que quer fugir da prisão Sem a minha liberdade Venha nas asas do vento Que estou preso e condenado Sem direito a julgamento É a cantiga de um pássaro Uma vítima da maldade Dos aviões assassinos É a cantiga de pássaro Uma vítima da maldade Dos gaviões assassinos Que zombam da liberdade Dos gaviões assassinos Que zombam da liberdade Seu eu fosse autoridade Soltaria o passarinho Depois prendia o seu dono Deixava ele sozinho Dentro da sela trancado Depois de um ano contado Voltaria à detenção Pra olhar na cara dela Depois perguntar a ele O que achou da prisão Sem a minha liberdade Venha nas asas do vento Que estou preso e condenado Sem direito a julgamento É a cantiga de um pássaro Uma vítima da maldade Dos aviões assassinos É a cantiga de pássaro Uma vítima da maldade Dos gaviões assassinos Que zombam da liberdade Dos gaviões assassinos Que zombam da liberdade