A favela chora A cada dia a cada segundo Em decorrência de esquecimento do resto do mundo E fácil criticar, é fácil julgar Mas não aguentaria Se estivesse em nosso lugar Se mora na favela Pra vocês já é drogado Pra vocês na história Sempre seremos errados O nosso sofrimento e constante quanto teu preconceito Só saiba, tudo que fazemos Volta pra nós mesmos A sociedade e formada Por um ciclo que não para Enquanto arruma sua gravata Pro outro pegar enxada Pivetada tá crescendo, vendo muita coisa errada Falta opção, educação Mas não falta bocada Não, não Mais não falta bocada Não, não Mais não falta bocada Não, não Mais não falta bocada Não, não Dentro de um dia Muita fita acontece São milhares de mães Que dobram o joelho e pede Para que Deus Possa poupar o seu filho Que não receba a notícia De que ele foi atingido Infelizmente não vivemos Um conto de fábulas Quanto menos se espera A notícia chega em casa São tantas mães Com o coração partido Pro gueto o mundo é cruel E seu filho foi engolido Cada lágrima que cai Tem sempre muito peso Favela chora E sempre chorou desde o começo Cada lágrima que cai Tem sempre muito peso Favela chora E sempre chorou desde o começo