No convés ao amanhecer, o vento a cortar O óleo e a água se misturam no ar Cabos e velas, máquinas a rugir Cada um no seu posto, sem fingir Olhos cansados, mãos calejadas Histórias guardadas, noites trocadas Sem papo furado, sem falsas risadas Aqui no petroleiro, a verdade é sagrada E quando a tempestade vem, não há ilusão O que segura o navio é a nossa mão Marinheiros de verdade, irmãos do mar Na correria e no silêncio, sabemos lidar Sem falsos sorrisos, sem precisar falar O respeito se conquista, não se pode fingir ou negar O horizonte é só azul e cinza de sal O rádio apita, outra missão no jornal Cada tanque, cada carga é nossa missão O navio é casa e a bússola é coração No jantar rápido, silêncio que une Nada de fofoca, nada que desune O convés é só trabalho, suor e suor Mas a amizade real aqui tem valor E quando a noite cai, o mar a brilhar A gente se entende, sem precisar falar Marinheiros de verdade, irmãos do mar Na correria e no silêncio, sabemos lidar Sem falsos sorrisos, sem precisar falar O respeito se conquista, não se pode fingir ou negar E cada porto é lembrança, cada onda é lição O mundo lá embaixo não entende a nossa canção Mas a vida a bordo, quem vive, quem sente Sabe que o que importa é ser gente de frente Marinheiros de verdade, irmãos do mar Na correria e no silêncio, sabemos lidar Sem falsos sorrisos, sem precisar falar O respeito se conquista, não se pode fingir ou negar