O guarda era sósia do ladrão Esse ladrão foi quem matou o guarda E, além de tudo, quis se aproveitar da situação Pegou o cano e vestiu a farda Lá no quartel, ele se apresentou no batalhão Sem a menor dificuldade O comandante lhe mandou entrar no camburão Vai fazer a ronda na cidade E ninguém sequer desconfiou do impostor Que ele foi ficando com vontade De ser mais um gambé, um protetor Da sociedade Bem depressa se ligou Que ser meganha era tão divertido É que, atrás da farda Ele não deixou de ser bandido E assim o seu dia a dia Só confirmava a sua impressão De que nas veias do sósia corria O mesmo sangue que havia no seu coração Logo, a ironia do destino Veio comprovar no documento do PM O malandro era mesmo o assassino Do seu irmão gêmeo