Malandro Bombardeado

Moreira da Silva

Composición de: Moreira da Silva/Ribeiro Cunha
A ventania derrubou meu barracão
Fiquei sem morada
Estou com a vida atrapalhada
Durmo no sereno, acabo morrendo
E ninguém tem dó de mim
Pois eu não sou tão feio assim

Antigamente eu tinha tudo que queria
Sem pegar no pesado
Andava sempre endinheirado
Mas a coisa mudou
A morena se pirou
E eu fiquei arruinado

Quando eu me lembro
Daqueles tempos que eu andava alinhado
Eu fico até apaixonado

Lenço no pescoço, charumbuto na boca
Chapenguel desabado
Eu era mesmo respeitado

Calça listada, chinelo charlot, violão afinado
E a morena a meu lado que me obedecia
E vinha todo dia me trazer uns trocados
Cheguei a ser remediado

É, mas agora
Eu sou forçado a fazer cara dura
Pra defender o da gordura

Se for preciso a foice e o machado
Sou capaz de pegar
Só pra poder me endireitar

Só existe uma ferramenta pra me intimidar
E que ninguém me faz pegar
É a tal da enxada
Porque tá sempre inchada
E nunca chega a madurar

E ainda vai me enterrar no cemitério do Irajá
Eu tenho medo e não vou lá
Eu tenho mêdo é do cabo
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