Planejam me matar, mas ainda não entendi o que foi que eu fiz Querem me assassinar, que culpa eu tenho se não te faço feliz? Quero me desculpar por um erro que eu ainda não entendi Queria tanto poder ver a luz Nâo! Aborto não! Não quero um assassinato em minhas mãos! Querem acabar comigo, logo aquela que está unida a mim pelo umbigo Como faço para escapar se quem deve proteger é o mesmo que quer matar Quem vai dar a palavra final O inocente incapaz ou o assassino cabal Decidam logo que o ar está acabando Não, aborto não! Não quero um assassinato em minhas mãos! Questão de saúde pública, mas que cara-de-pau Desculpa esfarrapada, argumento inútil para matar alguém Viver ao seu bel-prazer o Eu em primeiro lugar, hedonismo como missão Responsabilidade deixada de lado Maior hipocrisia, você, um não-abortado Não voltar para a barriga e apoiar o aborto e pedir para ser morto Decadência social, matar é algo banal, até onde vamos chegar? Pensar primeiro em mim, os outros que se explodam Quantos vão ter que morrer Pra que possam perceber o erro que estão cometendo Não de jeito nenhum posso estar do seu lado