Deixa a vida bater, mas bate de volta Que logo mais tu precisa de escolta Pra resguardar os lobos guará Os peixes e as felinas, as onças Segue na fé, nessa correria Que nós corre atrás do cifrão todo dia Aqui não é da maçonaria Mas morre ajudando os parceiros e os crias Filantropia na periferia Nas comunidades a fome sacia Mas e agora, escolta pra quê? Se é os próprios manos que vão proteger Não é só meu lema, entenda o tema Não sou, sou serei escravo do sistema Ser ou não ser? Eis a questão Tu bate de frente ou morre em vão? Deixa a vida bater, mas bate de volta Que logo mais tu precisa de escolta Pra resguardar os lobos guará Os peixes e as felinas, as onças Eu sei tá difícil, tá osso, é veneno Junta os pedaços, começa a andar Esse sacrifício é desde pequeno Mas sua hora sei que vai chegar Becos e vielas como um labirinto Quebrada, favela é bem que eu sinto Suave, aqui tô em casa Família, os parceiros e as damas mandrakas Várias cenas, vários picos, histórias pra contar Os opressores e os bicos não vai imaginar O corre é todo dia, levanto na madruga Quem diria na corrida o vencedor é a tartaruga Tenha na mente subconsciente Que os crias, os braços tem que estar do lado Não é velocidade que empurra pra frente E sim os irmãos, os parceiros, aliados Quando a vida bate, você vira a outra face? Passa um merthiolate? Ou deixa doer? A ferida arde, a dor fortalece E as cicatrizes fazem você crescer Deixa a vida bater, mas bate de volta Que logo mais tu precisa de escolta Pra resguardar os lobos guará Os peixes e as felinas, as onças Quando a vida bate, você vira a outra face? Passa um merthiolate? Ou deixa doer? A ferida arde, a dor fortalece E as cicatrizes fazem você crescer