Todo dia é a mesma coisa desde que abro os olhos Eu caio nessa rotina nesse "rush" de morfina pra não desmaiar Mas me sinto tentado em escapar no feriado e nunca mais voltar Um fugir elaborado todo dia bem humorado e só pra terminar Eu viajo pelo mundo dou uma de vagabundo e ainda chego pro jantar Passo dias no escritório, pelo chefe tenho ódio mas "fazer o que?" Nesse plano rotineiro onde só vejo defeito Acham um jeito de arrumar tudo do mesmo jeito As pessoas fazem coisas sem ter o desejo E acabam inocentes tentadas ao diferente O dia-a-dia é um defeito (da humanidade) O que seria se você fosse o que sempre quis ser? Apelar pro casual, pro incomum do ideal pra ver se pode ser Mudando a todo dia em constante sintonia com meu eu interior Pra viver de verdade, aproveitar a liberdade e atentar ao pudor Eu vivia falando pra não viver viajando e sim com os pés no chão (e agora) Aproveitar o seu estado arrumar um trocado e sair pra ser feliz Ignoro aquele mundo que chama de vagabundo tudo aquilo oriundo de outro lugar Ora profano, as vezes me engano Mas tenho certeza Que esse plano rotineiro onde só vejo defeito Estraga o conceito de ir ver o mundo Agora só me resta fazer um malfeito Pois o certo está errado e o errado é certo Mas chamam de mal do mesmo jeito