Compatriotas agradeço desde já a atenção Por vós dispensada a esta minha intervenção Que por motivos de segurança é feita de parte incerta Pois vós sabeis o quão inseguro é dizer-se o que se pensa Num país em que o mais seguro é abraçar o silêncio Fingir cegueira, fingir surdez e viver na base do medo Pois quem jurou proteger-nos é quem nos tem sequestrado Intimidado, violentado e até assassinado Compatriotas é imensurável o quão desolado Hoje eu vivo pelo estado falhado do nosso estado Pois quem ontem jurou servir-nos hoje nos tem explorado E com a sua anuência direitos nos são negados Compatriotas, a pátria clama por nós É momento dos justos fazerem ouvir a sua voz Pois quando a injustiça grita a justiça perde a voz E se não formos nós por nós, ninguém será por nós Murimaga ono dipa, mas não pode ofacea Elabo edji djani, elabo edji djani Murimaga ono dipa, mas não pode ofacea Elabo edji djani, elabo edji djani Ensinemos aos mais novos lições de patriotismo Para que estes se apartem dos perigos do tribalismo Que sejam estes os guardiões da unidade nacional Que os ensinemos a amar a pátria de forma incondicional Compatriotas, a pátria clama por nós Já é momento dos justos fazerem ouvir a sua voz Pois quando a injustiça grita a justiça perde a voz E se não formos nós por nós, ninguém será por nós Compatriotas é momento de passar o testemunho Ensinemos aos mais novos a trilhar por um caminho Que dignifique a luta de libertação nacional Que não sejamos nós piores que o jugo colonial Primeiros nos sacrifícios e últimos nos benefícios É este o princípio que devia reger-nos a princípio Que a ambição pelo poder não nos cegue completamente E que não sejamos indiferentes as dores da nossa gente Compatriotas a pátria clama por nós E se este país é nosso que se ouça a nossa voz Que não sejamos nós cobardes nesta pátria de heróis E que inspiremos o heroísmo das próximas gerações Murimaga ono dipa, mas não pode ofacea Elabo edji djani, elabo edji djani Murimaga ono dipa, mas não pode ofacea Elabo edji djani, elabo edji djani