Eu já duvidei de mim E hoje ainda duvido mais Sempre mais perto do fim Perto do dia em que eu caio Não quero tar preso aqui Onde a angústia já não sai Pedi só pra ser feliz Não há vidas ideais E não aprendi tudo, desde o dia em que eu nasci Mas sei que aprendi muito, sobretudo o que é errar E as falhas que eu fui tendo por cada vez que cresci Não tiram a vontade de hoje ainda me querer amar Mas sei que os anos passam Juro eles vão passando E os planos que eu traço Ficam no passado Em cada falhanço há uma cicatriz E no meu corpo há tantas feridas por sarar E não há ninguém Que possa traçar o caminho Tô a tentar traçar sozinho Até Até ficar bem E nos dias que custa tanto Eu canto só com o meu pranto Sem ter Sem ter mais ninguém Não há mais ninguém E as dúvidas que ficam sobre se ainda há sentimentos Deixam-me a questionar sobre se eu já senti menos Eu nunca quis ter tudo, no fundo, eu só quis ter tempo Mas nunca fui capaz de me deixar só ir em frente Sempre ouvi dos meus brothas: Faz a tua casa no estúdio! Mas vivi sempre preso a um receio, a um repúdio Por isso eu não avancei, o meu disco não girou E hoje eu fiquei preso a meio, o som de fundo é um interlúdio Isso é tudo culpa minha É tudo culpa própria Por esconder esta luz tanto tempo aqui no escuro Hoje não fica pra mim Tenho essa luz em sobra Mostrou que no caminho não dá pra eu tar inseguro Só tô eu contra mim Uns dias tô mais triste Nos outros, menos sóbrio Mas sei que eu tô sozinho E hoje o céu tá a ficar mais próximo E não há ninguém Que possa traçar o caminho Tô a tentar traçar sozinho Até Até ficar bem E nos dias que custa tanto Eu canto só com o meu pranto Sem ter Sem ter mais ninguém Não há mais ninguém