Tipo um passarinho urbano pelos meios fios da rua
Água da chuva nas canela imunda
Rolando no asfalto
A cidade engolindo o meu coração
Os vermes engolindo a cidade
Os ratos vivendo a cidade
Que o Sol nunca viu brilhar
A cidade que o Sol nunca viu
A cidade que o Sol

Pela manhã é correria, na praça
Eu correria bem menos, mas eu tenho pressa
A sina de onde eu venho já é nascer no atraso
Eu paro só as vezes pra entender o meu processo
Sempre foi tão lento
Agora passa tudo voando
O bagulho é louco memo tipo os homi, né Antônio
Já é de madrugada, que Deus me guarda o tempo inteiro
Nem sempre tá normal na quebrada
A sirene chegando a Marcazita
Pra quem tem cor e classe o clima é sempre tenso
Chei de cena moiada
Entre os noiados
No caminho das pedras amarelas
Támbem nasce uma flor

A esperança é um sorriso negro
De uma criança que frequenta a escola
O bom lugar é aqui mesmo só que da melhor forma
O bom lugar é aqui mesmo só que da melhor forma

Entre o ódio e o amor, terceiras vias não existem
Quanto é 8 ou 80 nesses e vinte poucos?
Eu acho 8 muito ainda
Pouco com Deus sempre foi muito
E pela área nós acostumamos fácil a não ter nada
Só estou entendendo agora o que nós merece
Quantos de nós que perece
Construindo esse lugar
Paredes mais caras que os museus mais chiques

Mais grifes que essas marcas
Okley, Bape, no meu traje
Um brilho nas orelhas
Nos olhos, nos lábios
Um som diferente dos outros
Igual as outras que sentiram minhas dores no útero
Aprendendo a revisitar o meu primeiro amor
Aquele Buscar encontro na escrita
De quando tudo que eu queria era poesia
Mais bonita
Pra fugir da lida
Era busca na saída
Nas pistas, esquinas, nas praças
Reunida com meus pares
Pensando nos dispares, que nos deixa à margem

Navego nesse céu azul
Como um passarinho urbano
Como um passarinho urbano

Navego nesse céu azul
Como um passarinho urbano
Como um passarinho urbano
Pelo asfalto eu vou cantando
    Página 1 / 1

    Letras y título
    Acordes y artista

    restablecer los ajustes
    OK