O violino atravessa a igreja, como o cravo à mão no Crucifixo da parede secular suspensa Nos olhos da moça chove Como em mais nenhum lugar Quem sabe até cresceriam árvores Arriscando flores Seu prometido noivo fosse carinhoso Os olhos do mundo não estivessem Frios no prato de santa Luzia A fome fosse ficção em películas mudas A noite uma voz ao longe de Cesária, negra, ancestral O amor não fosse negociado em infâncias tenras Os anjos realmente acampassem ao lado Gatos tivessem sete vidas E a mentira em suas curtas pernas tropeçasse Mas nenhuma montaria chega com Cavaleiro destemido e apaixonado O reverendo não repetiu o seu antigo ultimato O poeta vacila com sua pena bêbada E o domingo levanta com os sinos vibrando As folhas e derretendo os olhos das velhinhas Dizem que a noiva sumiu na névoa Daquele dia do velho vilarejo