Privados de roupas Privados de pão Privados de letras Dedão borradão Nos computadores Apenas as digitais Dos dedos da mão Nenhuma palavra escrita No labirinto das linhas Invisíveis na escuridão Não podem ver que são Clandestinos nativos Condenados a viver Sem saber que estão vivos Vem, meu irmão! Põe a força entre as mãos A vida não pode esperar Você morrer sem viver Olhe as grades e vê A prisão aonde está A liberdade terá Que começar por você