Quando avistei a terra jurei sem choradeira Ajoelhei nas pedras e me deitei na areia Agradeci a deusa mãe por me deixar partir Mãe África! Subi ladeira, andei, cheguei no pelourinho Olhar acolhedor Pensei: É o meu caminho! Festa pra receber quem conseguiu não desistir pela África Vim nas águas dentre as mais bravas e claras Cruzei com você as linhas do mar Fronteiras, barreiras, bandeiras Maneiras de sobreviver inventar A sede me cega eu quero enxergar O frio danado nas noites de lua A chuva me dá de beber O sol seca e vem pra queimar Delírio é esperança pra quem quer chegar Quando avistei a terra jurei sem choradeira Ajoelhei nas pedras e me deitei na areia Agradeci a deusa mãe por me deixar partir Mãe África! Subi ladeira, andei, cheguei no pelourinho Olhar acolhedor Pensei: É o meu caminho! Festa pra receber quem conseguiu não desistir pela África Nas águas vi temporal, ventania Na falta de nuvem sombra sumia A dor teima em prevalecer Crianças vejo padecer a gritar Maus dias parecem nunca ter fim A mente dispensa a descrença por mim Os deuses, os meus orixás Dão força pra quem não quer mais desistir Quando avistei a terra