Não se fazem mais realmente Novidades como antigamente Hoje estão na tela e no jornal Antes do mundo real Photoshops sensacionais Comentários tão inteligentes Que hoje quando são meias verdades A outra metade também mente Não fabricam mais ideais Reluzentes como o laissez-faire Hoje fazem só publicidade Do que o dono da cidade quer Quando um homem se disser mordido num portão Segue-se o cachorro, tome-se a declaração E se o fato é muito chato, publique-se a versão do cão Não se fazem mais realmente Novidades como antigamente Hoje e-mails são mensagens sobre um pum Enviadas para qualquer um Estamos por iguais insolentes Pais e filhos não se sabem quais Mais possantes na melhor idade Ou adolescentes virtuais E todos os demais dissidentes Hoje estão contentes de ajudar Sócios de uma rede social Loucos por um capital Quando ouvir de lá do céu vozes e arranjos de Natal Sinta-se à vontade para achar que é bem normal Mas sobre o sexo dos anjos espalhe uma versão fatal Quando um crime dividir vampiros e zumbis Sinta-se à vontade para acreditar ou não Mas na dúvida do réu invente uma versão cruel