Era sublime ouvir bem de manhãzinha Lá na torre da igrejinha, o bater do carrilhão Ela passava com a fita e o seu rosário Direção ao santuário, pra fazer sua oração Eu a seguia enquanto o sino tocava E feliz imaginava, vê-la comigo no altar Mas o destino muda tudo num repente Ela hoje é diferente da santa que eu vi rezar Hoje embuçada no disfarce da mentira Ela finge que delira e que entrega o coração Já não faz parte do coro da velha igreja Não procura nem deseja ouvir mais o carrilhão Quem, como eu, a conheceu ingênua e pura Sabe que essa criatura é hoje figura estranha Nada mais resta daquele antigo cenário Pois nem mesmo seu rosário Hoje em dia lhe acompanha Hoje embuçada no disfarce da mentira Ela finge que delira e que entrega o coração Já não faz parte do coro da velha igreja Não procura nem deseja ouvir mais o carrilhão Quem, como eu, a conheceu ingênua e pura Sabe que essa criatura é hoje figura estranha Nada mais resta daquele antigo cenário Pois nem mesmo seu rosário Hoje em dia lhe acompanha