Veio a noite poncho negro esburacado E um caíque dentre a bruma despontou A barranca é um distante destacado Cuja mente do chibeiro já alcançou Vai levando fumo em corda, canha pura E os dois remos são dos braços extensão (No silêncio vai rompendo a noite escura Com um cerne sem temer a escuridão) Vai levando fumo em corda, canha pura E os dois remos são dos braços extensão (No silêncio vai rompendo a noite escura Com um cerne sem temer a escuridão) Rema, rema, como alguém que nunca cansa Rema, rema, num sereno compassado (Trazes dentro do teu peito, uma esperança E uma ânsia incontida de chegar) Rema, rema, como alguém que nunca cansa Rema, rema, num sereno compassado (Trazes dentro do teu peito, uma esperança E uma ânsia incontida de chegar) Contra a lei, contra a corrente sobre as noites Ganha o pão enquanto o tempo vai passando Pois na vida sem remanso, só de açoites O perigo de sonhar é um contrabando Teve herança da humilde lida costeira Traduzida num eterno vem e vai (E o apego pelo solo da fronteira Que não deixa nem com as cheias do Uruguai) Teve herança da humilde lida costeira Traduzida num eterno vem e vai (E o apego pelo solo da fronteira Que não deixa nem com as cheias do Uruguai) Rema, rema, como alguém que nunca cansa Rema, rema, num sereno compassado (Trazes dentro do teu peito, uma esperança E uma ânsia incontida de chegar) Rema, rema, como alguém que nunca cansa Rema, rema, num sereno compassado (Trazes dentro do teu peito, uma esperança E uma ânsia incontida de chegar) Rema, rema, como alguém que nunca cansa Rema, rema, num sereno compassado (Trazes dentro do teu peito, uma esperança E uma ânsia incontida de chegar)