Folhas de jornal viram origami de constelações O quintal respira nebulosas de hortelã Recorto auroras em bordas de interrogações Teu riso instala verões na órbita de amanhã Enxergo além do telescópio quando o vento te pronuncia Verbo que pousa no susto da tua caligrafia Se a saudade é lente convexa Distende distâncias, curva promessa Desperta o sol que aviva E o dia nos carimba com cheiro de fotografia