Relógios líquidos pingam no lombo de um cometa Meu pulso acelera paisagens que evaporam Vagalumes gravitacionais riscam cartas sem etiqueta O vento arquiteta segredos que devoram Afogo minutos na espuma do pensamento Renasço, verbo, na crista de qualquer sentimento Permita-me mergulhar na dúvida que consome Tua estéril fome Trocando pele por eco na sanfona do horizonte