O grito cessa. O pó assenta No vácuo, a minha voz silente Mas vibra um tom, semente pura A lei que em meu lugar perdura A primeira nota a nascer do breu Um universo que sou eu Eu sou o eco e o porvir A ordem que escolhi seguir Arquiteta do alvor Do mesmo erro, do mesmo amor Uma memória que se faz canção Tecendo a nova criação Erguem-se torres de cristal Num céu de espectro primordial Cores que eu já não conhecia Pintando a nova utopia Assisto ao meu nascer de novo A mesma bênção, o mesmo crivo O círculo se fecha em mim Este é o começo Não há fim E que se faça a luz