Me atrevi perguntar a peonada de prosa O que faço da vida E entreguei a palavra do meu coração Ao violão que aguardava num canto do rancho A questão é saber, se deixar envolver Pelo bem, pelo mal, mas que tal! Se o galpão pede lenha, a saudade uma senha E a vida um buçal! Por meu lado, a tristeza assentou no silêncio Umas quantas de lua E marcou na paleta, as tropilhas que a dor Lastimou no cavalo as pechadas da lida! As razões que se têm, me castiga o chapéu De tormenta e suor mas o pior É cuidar da manada, quando a tropa desgarra Com o focinho no sal! Amada, apura! Me serve um mate Enquanto late a cachorrada Lambendo a baba o gado mostra Que a vida gosta um pouco mais! Ademais, amor, ademais, amor A poesia tem planos pra nossa dor!