Abro o peito, mas no entanto Não posso quebrar o encanto Como meu tema requer É preciso, muito jeito na garganta Quando as razões de quem canta Se afinam pela mulher Vejo o Rio Grande, a nascer do ventre rude Da China, cruza de bugre Com português e espanhol E aí imagino, no seu franzino de estampa Uma síntese da pampa A sangrar partos de Sol Renasço cruzes e levanto das raízes Senhoras e meretrizes Tão desiguais tão iguais No seu destino, de matrizes geradoras As santas e as pecadoras Não são menos nem são mais. (2x) Por isso as canto E ao cantar, não discrimino As que chamam "mau destino" E aquelas que o ouro entrança Mães, uma e outra Oração do mesmo terço São iguais ao pé do berço Quando embalam uma criança Renasço cruzes