O que me cura, me maltrata Alegria obscura, me retrata Dias iguais, andando em círculo Dias normais, enredo ridículo Tentando achar a saída de emergência Tentando não me sufocar por isso tenho urgência Mal consigo sentir, embora me sinta sensível Mal posso me ver, e como se eu tivesse invisível Inevitável, tudo sempre acaba, Inevitável, tudo virar nada Inevitável, tudo se esvair Inevitável, eu não saber pra onde Fugir, nunca me sinto seguro, nunca me sinto protegido Sempre penso no futuro, sempre me sinto perdido É uma bênção, ou uma maldição, tudo o que eu sinto não Poder ser visível? Porque o buraco negro que eu sinto Em meu coração, nunca vai ser discutível