No céu a flecha passa sideral Em alta freqüência supersônica Contrasta com o camelo no Nepal A áurica interprice amazônica Há pouco um sujeito atonal Compôs uma sonata pra sinfônica Que se acoplará ao carnaval De forma tão espírita e orgânica Espana o céu cabelo-açaizal Estrelas caem num rio de água tônica As tribos se agrupam pro sarau diante de uma evolução atômica Aos olhos da desordem mundial Um boto com sua gaita harmônica Escreve um sirimbó universal Em partitura de canção canônica No céu a flecha passa sideral Silêncio, pois Iara está afônica O índio faz amor com a vestal Atrás de uma cabine telefônica Ao olho de um satélite atual Conectado à rede esterofônica Está aberto o site intertribal Da verdejante órbita amazônica