Vou dizer como é a vida dos índio lá do meu pago Levantam de madrugada pra prosear e tomar um amargo Nem bem clareia o dia e cada qual nos seus encargos Domingo eu encilho o pingo, bem cedo de madrugada E saio a galopito visitar minha namorada Esse é o costume que eu tenho quando não ando em tropeada Em Maio nas marcação eu sempre dou mostra do braço Pialando de sobre lombo e laçando de todo laço Inté eu mesmo me admiro das gauchadas que eu faço Por isso faz recordar dos pagos da Bossoroca Onde a galinha não canta e o tatu não sai da toca E o campo santo tá aberto pra aquele que me provoca E também faz recordar dos pagos de Itaroquém Daqueles campos tão finos que nem macega não tem E as velhas de mim tem raiva e as moças me querem bem De todas estas coisas lindas que existe no meu rincão Várzeas, coxilhas infindas, algo de admiração Tomara que eu sempre viva pra bem dizer o meu chão