Esse mulato forte é do Salgueiro Passear no tintureiro É o seu esporte Já nasceu com sorte E desde pirralho Vive às custas do baralho Nunca viu trabalho E quando tira um samba É novidade Quer no morro ou na cidade Ele sempre foi o bamba As morenas do lugar Vivem a se lamentar Por saber que ele não quer Se apaixonar por mulher O mulato É de fato E sabe fazer frente A qualquer valente Mas não quer saber de fita Nem com mulher bonita Sei que ele anda agora aborrecido Por que vive perseguido Sempre; a toda hora Ele vai-se embora Para se livrar Do feitiço e do azar Das morenas de lá Eu sei que o morro inteiro Vai sentir Quando o mulato partir Dando adeus para o Salgueiro As morenas vão chorar Vão pedir pra ele voltar E ele não diz com desdém Quem tudo quer, nada tem