Nessa farra, diversão murina Nessa barra, inversão em ruína De tudo que nos protegeu a sina De tudo que impera e domina Nesse diverso mundo sem profundidade Transpiro um malverso em cumplicidade Converso sem querer Com o cinismo perverso Dos inimigos dos próprios fãs Correntes se arrastam no universo Cordas que se amarram do antiverso Até a lucidez que se não conservo Vejo a Lua no olhar No seu, no meu e até no sorriso cristalino do mar Uma paz que parece saber seu fim Sem a profundidade do Eco, sustento Tudo que penso no meio, com o medo Zelando por saber que se não me ouvir Essa paz poderá morrer em mim Nessa farra, diversão murina Nessa barra, inversão em ruína De tudo que nos protegeu a sina De tudo que impera e domina A ação roedora nos convence A lhes entregar um trono Impede que a gente pense No erro que é preservá-los donos Correntes que voam nos versos Cordas que pulamos na diversão Amarras que soltamos dos perversos A quem servem as grades de proteção? Nesse diverso mundo, a profundidade Que transpiro é um efeito da cumplicidade Colateral, Convexo, oposto, obrigado a ser? Esse cinismo brota do plexo Que torna ídolos, nossos inimigos Que torna frívolos, nossos sonhos Que revive nossos temores mais antigos Nessa farra, diversão murina Nessa barra, inversão em ruína De tudo que nos protegeu a sina De tudo que impera e domina