Você me jogou no breu E achou que eu ia sumir As ruas eram frias, mas eu fiquei Aprendi o idioma do vento e do fel Entre olhos que caçavam o medo Eu me tornei o que você temeu Não precisei de luz pra enxergar O ódio é um farol que sabe guiar E agora o som dos lobos Canta o meu lugar Jogou-me aos lobos, e eu sentei no trono Rasguei o silêncio, fiz dele meu som Hoje o aço que molda minha voz Vai gravar seu nome no tom do retorno Seus ecos se perderam nas paredes Do que sobrou da sua verdade Eu fiz das feridas, insígnias E das cinzas, minha identidade Agora sei, quem cai aprende a morder Quem sangra aprende a sorrir Você me fez ruína, e eu aprendi A reinar no fim Jogou-me aos lobos, e eu sentei no trono Rasguei o silêncio, fiz dele meu som Hoje o aço que molda minha voz Vai gravar seu nome no tom do retorno Teu veneno não mata, alimenta Tua sombra não cobre, me acende Eu sou o que restou quando o medo partiu Sou o eco do caos que você construiu Entre uivos e ferros, eu respiro Entre dentes e ecos, eu existo Jogou-me aos lobos, e eu sentei no trono O chão tremeu quando ouvi meu nome Agora cada palavra que cuspiu Volta como trovão, queimando o horizonte Você me jogou nos lobos E eu chamei de lar