Era meu lugar, meu porto, meu chão Um abrigo seguro, território e razão Mas num piscar de olhos, o que era se foi A ruptura chegou, e a dor se impôs Quem eu era naquele espaço que eu chamei de meu Perdi a casa, o posto, o que o destino me deu O coração apertado tenta resistir Mas nas artérias o peso começa a ferir Quando o território se perde, quem sou eu? Quando o chão se desfaz, pra onde vou? O coração grita forte, tentando aguentar Mas é no vazio que eu começo a encontrar Reconstruo as ruínas, refaço meu lar Mesmo na dor, escolho recomeçar Pois o amor por mim mesmo é o que me faz seguir Encontrar um novo solo onde eu possa existir O jovem perdeu a paz na casa que sonhou As brigas ao redor, tudo desmoronou O medo de perder o que nunca quis partir Estampado no peito, sem deixar fugir O homem que viu sua posição escapar O trabalho, o prestígio, o que devia pulsar Agora sente o peito como se fechasse E a vida pede que a força retornasse Quando o território se perde, quem sou eu? Quando o chão se desfaz, pra onde vou? O coração grita forte, tentando aguentar Mas é no vazio que eu começo a encontrar Reconstruo as ruínas, refaço meu lar Mesmo na dor, escolho recomeçar Pois o amor por mim mesmo é o que me faz seguir Encontrar um novo solo onde eu possa existir O território não é apenas um lugar É onde minha alma escolhe repousar Mesmo sem fronteira, sem marca ou razão O que construo dentro de mim é a solução A dor ensina, a perda é condição De abrir caminhos no centro da missão Onde a vida me joga, eu posso renascer O coração encontra um novo jeito de bater