Andei perdido num mundo sem chão Respirando ao ritmo da confusão Meu peito ofegava, num grito mudo E o vazio tomou conta de tudo Mas no silêncio, ouvi o pulsar Uma voz sutil me convidou a parar Lembrei que no ar, a cura se faz E encontrei no sopro o caminho da paz Voltar pra casa é respirar Abrir as asas, deixar o ar entrar No fluxo do vento, reencontro o sentido No sopro divino, o amor é infinito Entre os ruídos, senti a explosão De cada bloqueio que guardava tensão O ar se tornou, meu maior professor Trazendo leveza onde havia dor Minha alma sorriu ao se expandir Num ciclo de vida que nunca vai se extinguir Do peito pra fora, soltei o tormento E me enraizei no eterno momento Segure o ar e sinta fluir Deixe o calor no corpo emergir Mova o diafragma, encontre o compasso Respire o presente, complete o espaço Menos controle, mais sensação O ar me conduz à libertação Cada expiração desfaz a prisão E no simples ato, encontro a canção Voltar pra casa é respirar Abrir as asas, deixar o ar entrar No fluxo do vento, reencontro o sentido No sopro divino, o amor é infinito Voltar pra casa não está tão longe É mergulhar no que há de mais nobre Respire fundo, a vida te chama No ritmo do ar, reencontre a alma No sopro divino, sou puro lugar Voltar pra casa é apenas respirar