Os olhos marejados De quem a mim negou Três vezes não bastaram Para despedir o amor Os meus pés no solo ardente Meu corpo a sangrar Os gritos insolentes Pretendendo me calar Mas quieto estou Pois nada que disser Irá retribuir O preço alto deste meu agir Madeira retirada Do tronco que criei Ao servo é pedido Que mate o seu rei Pela criatura impura Perante a lei que fiz Por estas fui julgado Um blasfemo infeliz Mas quieto estou Pois nada que disser Irá retribuir O preço alto deste meu agir Os teus atos cobrirão A grande queda desta multidão (Pecar, pregar, trair, matar, Sorrir, chorar, beijar ou se cortar Amar, correr, andar, gritar Cantar, berrar ou discordar) E o peso não é meu! Não é meu! Mas se é teu, é de meu filho Morte venha sobre mim (Venha agora, me veja chegar) E o peso não é meu! (Véu cobre alma a se desnudar) Não é meu! Mas se é teu, é de meu filho Então sofrerei o fim (Venha agora, me veja chegar) E o peso não é meu! (Véu cobre alma a se desnudar) Não é meu! Mas se é teu, é de meu filho Está consumado enfim (Véu cobre alma a se desnudar)