Separô toda a minha correria Separô o joio do trigo e da padaria Separô diante de mim quando minha tristeza era parte do dia Separô Dona Beleza de Dona Maria Separô o que não restava do que já não tinha Separô diante minha palavra e se fez poesia Separô pra ouvir meu protesto, meu gesto que - incerto - talvez não faria Separô o silêncio da dor me trazendo alegria Separô pra pensar no que a gente faria se não houvesse a poesia, se não restasse farinha pro nosso pão! Iria só até o fim Daria tudo e mais um pouco de mim Separa um tanto que o outro eu te dou Separa a chuva pra continuar flor!