Eu erro ao dizer Que não vou suportar E peco ao perceber Que tudo vai passar Parece devaneio Mas é tão visceral Como frase de efeito Sem nenhum ponto final Desculpe a minha respiração As vezes me falta o ar Que a vida levou E não me devolveu As vezes eu sinto um vazio Que não da pra evitar Já não consigo mais remar Tão só Me julgo o tempo inteiro Não é mais opção As vezes falta fé E fico preso ao chão Tento reconhecer Faço de tudo um carnaval E erro ao absorver Da brisa ao temporal Desculpe a minha respiração As vezes me falta o ar Que a vida levou E não me devolveu As vezes eu sinto um vazio Que não da pra evitar Já não consigo mais remar Tão só E mesmo não botando pra fora Eu fico a esperar Eu fico a sucumbir Tudo dentro de mim Eu preferi ficar sozinho Do que incomodar E meu maior delírio é o silencio Desculpe a minha entonação Eu tenho tanto pra falar Que não da pra escrever Nem tudo é sobre você E eu me jogo nesse rio Tentando me encontrar Então prefiro ficar Tão só