Nas trilhas que andei Ficou no meu rastro A marca dos cascos No chão das estradas Não deixei feridos Nem marcas de espinhos Nem cruz nos caminhos Da minha jornada Se noite adentro me perco Num manto de escuridão Me acho depressa num upa Na luz de um fogo de chão Seguindo ao sabor do trote No peito canções de amor Se tiver pressa galopo Nas asas de um beija-flor Eu quero que brotem Por todas as trilhas Sementes de trégua De paz e perdão Pra todos aqueles Que ainda procuram No fio de uma adaga A voz da razão