Eu moro aqui distante, nos cafundós do sertão Meu rancho de pau a pique, nas margens do ribeirão Eu levanto nas madrugadas, vou tratar das criações Passo a fio na minha enxada, vou pra roça trabalhar Com a botina de couro, minha calça de suspensório Meu chapéu de aba larga pra não queimar do Sol Meu cachorro, meu amigo, nunca me deixou sozinho Seja a noite, ou seja dia, sempre juntinho de mim Minha tarimba de taboca, meu colchão palha de milho Meu ranchinho de sapê, chovendo a água não vaza A mulher que eu amo tanto, morando na currutela No rádio minhas canções, está chorando de saudade