Abro a janela pra te ver, e vejo Andando pela rua sozinho de manhã Com esperança cheia de desejo Tan-tan, tan-tan, tan-tan, tan-tan, tan-tan Aquele encontro desmarcado na última hora Alegando um compromisso de trabalho Me tirou de detro pra fora E o meu silêncio tornou-se um espalho Ainda tentando chegar na hora certa Olhando da janela do ônibus tudo engarrafado O coração escancarado a camisa aberta A boca seca e os olhos alagados De amor, de amor, de amor, de amor Se quiser me abandonar Vai ter que tudo desligar O telefone, o fax, as luzes da cidade que brilhavam sobre nós Vai ter que me entregar o sol O fim da tarde, a lua, o mar O saco de pipoca A foca equilibrando a bola branca do luar Desligar a luz do amor A escuridão que vai chegar As trevas desse desamor Quem sabe pode ajudar Não esquecer o que passou E o que nunca passará Eu queria ter você O amor que a gente soube amar