Chorei Silencioso a minha dor Carpi o mal e ter-te um grande amor A vida para mim tem sido atroz Partia, não tive em minha vida Um só minuto de alegria Chorei, chorei A minha desventura Lancei-me então no abismo da amargura Só porque tu não soubeste compreender o meu coração Condenaste uma existência a eterna solidão Na mansão tristonha e solitária da dor Sou tal qual um monge que professa resignação Mesmo na desventura esquecer procuro esse amor Essa dor cruel como só sabe ser a dor de uma paixão Nas tardes invernosas quando ouço o canto crepuscular Dos pássaros canoros que trazem vida a minha solidão Sinto uma furtiva lágrima fria a rolar Despedaçando o meu dorido coração