Lágrimas de homem são sentidas E as das mulheres, fingidas Pois não concebem o alcance que elas têm São lágrimas sinceras Derramadas interiormente Que calam fundo na gente Traduzindo a saudade de alguém Amor, dei-te tudo em quantidade Eu dei-te um nome, dei-te um lar E satisfiz a tua vaidade Trabalhava tanto E tudo aquilo que pedias eu te dava E, no entanto, na surdina Procurando minha ruína Me enganavas E como tolo trabalhava Te ajudava Se eu choro, as minhas lágrimas são sentidas Quanto fui tolo, crendo nessas tuas juras Tão fingidas Nunca mais Um carinho meu terás Já não te considero És migalha, és mulher, e nada mais E nada mais, e nada mais