Bamo que bamo dê-lhe que dê-lhe vanera Bamo que bamo dê-lhe que dê-lhe vanera Bamo que bamo nessa marca tafoneira Xixo cuiudo que faz saltar da peneira É fandango macho que o índio quebra o cacho Dançando de espora faz estrago e alarido Bate o pé no chão riscando no salão Vai metendo os peitos e se enredando nos vestidos É só na vanera que se levanta a poeira E segue esse tranco num balança mas não cai Sacudindo os quarto e chacoalhando as cuaiera Se o baile é na fronteira nunca falta um sapucay Eu sou um índio taita quando eu abro a gaita A minha garganta tem a voz de um clarim E nesse gaitaço hoje eu vou mostrar Todo o gauchismo que brota dentro de mim Bamo que bamo nesse tranco macanudo É muito cuiudo pra incendiar o chinaredo É desse jeito que se baila na fronteira A noite inteira até de manhã bem cedo