Seguindo estrelas na vastidão da campanha Vou repontando os meus tempos de guri E relembrando os velhos surungos campeiros Onde a tristeza não passava por ali De tabatinga e de massega trançada Logo à direita debaixo de uma ramada Ai que saudade dos fandangos de campanha Onde a acordeona retrechava seus gemidos A gauchada entreverada de paixão E a Lua cheia iluminando o chão batido Enquanto estrelas bordavam o céu bem limpo De par com a Lua prateada a noite clara E o sentimento se adonava do galpão Formando pares e suspiros pela sala Criando encantos de ternura e inocência Era o rio grande semeando sua essência Ai que saudade dos fandangos de campanha Onde a acordeona retrechava seus gemidos A gauchada entreverada de paixão E a Lua cheia iluminando o chão batido A vida passa e da memória não apaga Este cenário de atavismo que ficou Na chama viva do velho fogo de chão Que o destino deste tempo me apartou Sigo em frente cordoneando esta vontade De retornar para os fandangos da saudade Ai que saudade dos fandangos de campanha Onde a acordeona retrechava seus gemidos A gauchada entreverada de paixão E a Lua cheia iluminando o chão batido