Sempre que o dia madrugava em cores trazendo raios de manhã douradas eu convidava meu cachorro amigo e já saía para as campereadas. Era o primeiro a galopar em frente nessa rotina da lida campeira velho parceiro de dobrar ventanas e a terneirada botar na mangueira. Mas o cansaço do rigor do tempo me fez tão cedo fugir do relento larguei o campo, o cusco e o pingo e fui prá o alto de um apartamento Foi tão difícil pra um peão campeiro os entre-choques de um momento brusco em frente aos olhos enxergava o gado e meus ouvidos a escutar meu cusco. Caiu a noite mas não veio o sono e meu destino a me pregar laçaços na sensação de ouvir as pisadas do meu cachorro que seguiu meus passos. Por toda noite o edifício inteiro ouviu a voz de um cão a ganiçar na madrugada aumentou seus gritos me convidando para camperear. Desci o prédio e busquei a estrada rumos dos campos de minha existência e libertei a minha alma presa pra que voltasse pra sua querência e libertei a minha alma presa pra que voltasse pra sua querência Foi tão difícil pra um peão campeiro os entre-choques de um momento brusco em frente aos olhos enxergava o gado e meus ouvidos a escutar meu cusco.