Há muito tempo desejo contemplar a natureza Admirar as belezas pra alegrar o coração Deste xiru teatino que vive em desatino Maneado na incerteza, pealado na solidão Que ânsia louca de arrebentar o alambrado E sair bem entonado qual bagual que se empina Voltar pro pago pra ver se a saudade acalma E banhar a minha alma no orvalho da campina Pois nesta vida gaudéria vou paleteando a saudade Vivendo aqui na cidade relembrando lá de fora A lembrança do meu pago me obriga a tomar um trago Porque dói e me machuca que nem roseta de espora Que ânsia louca de arrebentar o alambrado E sair bem entonado qual bagual que se empina Voltar pro pago pra ver se a saudade acalma E banhar a minha alma no orvalho da campina Quero voltar pro meu pago, deixar de viver sozinho Me aconchegar lá no ninho que me abrigou na infância Quero me banhar na sanga, no mato comer pitanga Cantar pra esquecer as mágoas que sinto aqui na distância Que ânsia louca de arrebentar o alambrado E sair bem entonado qual bagual que se empina Voltar pro pago pra ver se a saudade acalma E banhar a minha alma no orvalho da campina