Não há nada como o luar do sertão Já cantava o Gonzagão Mas há também o luar da cidade Que revela o segredo da urbanidade Na cidade, o luar lembra a solidão Que é quando olhamos para cima Pois vivemos olhando para a frente O nosso nariz é o que nos dá a direção Não há nada como o luar do sertão Já cantava o Gonzagão Mas há também o luar da cidade Que revela o segredo da urbanidade Os prédios me impedem de enxergá-la Assim como as luzes artificiais tomam o seu lugar Mas ela fica viva na minha imaginação Que traz a nostalgia do lobisomem e da assombração Não há nada como o luar do sertão Já cantava o Gonzagão Mas há também o luar da cidade Que revela o segredo da urbanidade Um dia poderemos unir a técnica e a beleza Quando finalmente seguirmos a correnteza Restarão lembranças de um passado urbanizado Que com o mundo rural estará reunificado Não há nada como o luar do sertão Já cantava o Gonzagão Mas há também o luar da cidade Que revela o segredo da urbanidade Eu queria ainda poder ter contato com a terra Poder ouvir os sons calmos da natureza Poder dormir em paz e esquecer a guerra E viver a brandura no lugar da aspereza Não há nada como o luar do sertão Já cantava o Gonzagão Mas há também o luar da cidade Que revela o segredo da urbanidade (Saí da frente fumaça da poluição) (Assim eu não enxergo a Lua não)