De quando em vez me paro estudando as histórias do meu avô Do nosso Rio Grande antigo e do gaúcho que hoje eu sou E cada vez me dá mais vontade de honrar esse chão em cantigas Pois sou gaúcho da moda véia, sou taura da moda antiga Eu sou da moda véia do tempo do velho Gildo Da moda véia do tempo do seu Teixeira Naquele tempo o baile era de chão batido E o tranco bem reduzido num compasso de vaneira Em volta do fogo tomando uma canha Sou peão de campanha, esse é meu luxo Sou de pouca coisa, não sou de frescura A minha vida dura fez este gaúcho Aqui só tem campo lazer e coxilha E no alto da copa o parreiro anuncia A chuva vem chegando, eu já vou me ajeitando A noite é viola, canto e poesia E neste momento me vem a inspiração Me chega sorrindo e brotando canção Um gole de pura que é pra esquentar Abrindo o peito me ponho a cantar Na parceria do meu violão Eu sou da moda véia do tempo do velho Gildo Da moda véia do tempo do seu Teixeira Naquele tempo o baile era de chão batido E o tranco bem reduzido num compasso de vaneira Trago comigo a velha estampa guerreira E nos meus versos campeiros a essência galponeira Sentado em volta do fogo surgem razões pra expressar A história de um povo eternizados pelo meu cantar Eu sou da moda véia do tempo do velho Gildo Da moda véia do tempo do seu Teixeira Naquele tempo o baile era de chão batido E o tranco bem reduzido num compasso de vaneira