Um dia eu saí a camperear sozinho No meu picaço velho de estimação Ele saiu relinchando como adivinhar Que não voltava mais para seu galpão O meu picaço velho era um cavalo Que foi bem ensinado e muito mansinho Quando eu tinha preguiça de buscar o gado O meu picaço velho trazia sozinho Sai à galopito pela estrada afora E meu picaço velho ia remoendo o freio Eu sai com o destino de ir na invernada Só para ver meu gado e dar sal no rodeio Depois que eu dei o sal eu vi um boi brazino E sempre boi brazino bem valente é Apartei ele do gado e desatei meu laço Arrochei o meu picaço só pra ver o tropel Lacei este brazino lá na beira de um mato E esta história triste até o animais sentem O meu picaço velho se perdeu num valo E eu abri a perna a sai lá na frente E este boi brazino quando me avistou Abaixou a cabeça e fez um pegada Tirei o corpo fora ele passou por mim Eu olhei para trás e dei uma risada E foi nesta rodada que meu pingo amigo Ficou estendido na terra vermelha Mas joguei meu doze braças e argola tiniu Peguei as duas guampas e defendi as orelhas E quando estirou o laço deste boi brazino Ele virou de ponta nem pro mato foi E o meu picaço velho que quebrou o pescoço E morreu gemendo e olhando pro boi