Insônia há vários anos Durmo pouco, penso muito, ansiedade toma conta, pensamentos estranhos De onde vem? E até quando esses anônimos sinfônicos farão refém? Moradia predileta, psiquê auditiva Será possível um só homem ouvir uma legião? Sem enlouquecer ou chegar perto de um colapso Vozes do suicídio fazer parte do espetáculo Onde o seu medo é um monstro O herói mais próximo é sua própria coragem Ficar sozinho é um perigo Pois seu pior inimigo é você, na verdade O surto enfeita o medo e sinceramente eu não tô Sabendo definir o que minha mente processou Eu só penso no fim, como se isso resolvesse Mas isso só entristece quem nos ama e fica aqui Conclusão Viver é luta E cada vez mais o outro lado me convida pra entrar E tá foda, a nova forma pra parar com a Pira, nova, as paranoias afundam e afogam tudo Quem disse que nós temos o livre-arbítrio? Escolhas são renúncias distintas Suas decisões sempre formam destinos Suas opções mostraram seu caminho Mas é claro que eu sei bem, que não sabemos nada vezes nada E o pouco que sabemos só nos prova que a vida é um mistério E não compreendemos o que começa depois de morrer Subi o mais alto que pude só pra ver de perto como seria a queda Desci o mais baixo que pude só pra ver a Terra se transformar no inferno, enfermo Almas tão vagas e tão cheias do nada Não vivem, só existem resistindo à caminhada terrena Existe um preço e estamos pagando A humanidade se recusa a entender a jornada da alma Por mera confusão do ser e o ter, a luz Decidiu nos dar uma chance no inferno enfermo Uma nova chance no inferno, enfermo inferno Se acostumem com o fogo austero Antes de tudo sumir, faça o que quiser, pois isso não vai ser eterno Viva como se não houvesse um amanhã Pois nem o hoje nos pertence Subi o mais alto que pude só pra ver de perto como seria a queda Desci o mais baixo que pude só pra ver a Terra se transformar no inferno, enfermo