Quando ele chegou tão bonitinho Aonde eu ia, ele ia atrás Peludo, branco e preto, bem fofinho Chamei o meu gatinho de Zás Trás Quando ainda era um filhotinho, Zás Trás alegrou o nosso lar Um dia eu cresci e o bichinho Cresceu também, talvez até demais E o gatinho virou um gatão, brigão e aprontão Metido a ser dono, se achava de todo quarteirão E quebrava as telhas das casas E virava o lixo das latas E em plena madrugada só miava e me assustava E lá em casa, ele entrava, só pra fazer xixi no chão E pisava na folha limpinha da minha lição E arranhava o sofá novo da sala Minha mãe ficava uma arara Mas quando eu ia dar uma dura, ele escapava para rua Um dia eu cresci mais um pouquinho, e resolvi aquela situação Chamei pra um papo sério o danadinho, e disse: Chega de tanta confusão! Você é um gato sem limites, viu? Um gatinho sem educação! Mas mesmo assim adoro seus trambiques, e mesmo assim você é meu gatão! E assim Zás Trás pensou Que coisa linda Que bom que ela me aceita como sou (Ihh, não! Cuidad-, uuh, não!) (Já falei que não! Ai, ai, ai ai, ai, ai ai!) (Ai! Ai! Vai cair! Segura!) (Não! Cuidado! Ai! Não! Meu Deus) (Desce! Desce! D-desce! Desce! Desce!) (Ai! Ai! Não!) (Sai!) (aí não! Aí não! Aí não! Desce!) (Ai, vai cair! Parou! Ui! Quebrou)