Todas manhãs o bonde vila Maria Para a cidade conduzia A mocinha do violino Cheia de pose Com seu ar de milionária No meio das operárias Ela ia pro seu destino O seu orgulho todo mundo comentava Diz que ela só se dava com pessoa de futuro Se perguntavam porque é que assim fazia Orgulhosa respondia Com a pobreza eu não misturo Mas certo dia seu castigo recebeu Quando isto aconteceu foi tamanha a confusão Pois quando ela foi descer no seu destino Sua caixa do violino Caiu e se abriu no chão Quanta risada deram aquelas operárias Vendo a falsa milionária Com a máscara caída O tal violino daquela caixa bonita Era uma velha marmita Com um resto de comida