A mente humana anseia por rotina, precisa dela Mas se a gente tirar isso, é aí que a gente começa a enlouquecer Quando não há mais dia, nem noite, nem comida Nem água, nem padrões Entrei no seu barraco, quebrei telhas de amianto Apagou fácil, apático, fraco sem ter confronto Adianto sem taco que eu quero conversar um pouco Não sou covarde, já é tarde pra resolver no soco Não vou colocar algemas, essa é sua chance Sempre ficou por trás da cena, agora é hora da revanche No ringue rústico, sem isolamento acústico moderno O King tá no enfrentamento na mata do inferno O início do sofrimento foi o parto do seu filho Que assisti no nascimento e tu não ajudou no trilho Só ouviu envenenamento dos traíras com meu nome Que além de matar seu filho, eu tava comendo Ivone Porra, ela é a mulher de um traficante fodido Não sou ralé que curte essas marmita de bandido Seus comparsas na crocró simularam um latrocínio Essa farsa foi seu pior erro e hoje está te consumindo Respire o álcool etílico que ele trouxe no acrílico No kit, no porta-malas do Opala que exala um bélico Ronco diabólico, psicodélico do milico Que já tentou ser evangélico, católico, um ser bíblico Um funcionário público com olhar maquiavélico Anabólico cíclico, a rage o torna acefálico Senso crítico falido imbuindo na vendeta Com diagnostico psicótico, fanático por treta Tudo como planejado, certo, o King já tinha contado Que o coringa capturado, cego, ia pra mata do inferno Marcone virou psicopata, minha cara é tá sempre preparado A minha estratégia é exata, calculada e escrita no caderno Joguei a isca, ele mordeu, nem viu, faísca no estopim Sem deixar pista, a caveira sorriu, nada foderá meu plano Sou especialista, sniper de fuzil, não acreditou em mim Mero engano, cobiça na pista pôs um fim na vida do meu hermano Em ponto estratégico, armamento bélico Espero e observo pelo zoom Coringa tomando uns jab direto Passa mal na mão do Gorilão Mas a final vai ser o projétil do meu leal HK PSG 1 Melhor fuzil que já se viu, tchublu, derruba até avião Devo isso ao Pedrão, jão, foi uma promessa póstuma Só que o King é meu irmão, 'drão, mas também não dá pra acostumar Nem ouvirá o que lhe atingirá, só a Deus caberá o perdão, se pá Mira telescópica, o tiro não volta, no alvo é um estrago, trá Nunca tire a presa de um caçador no ritual Antes do abate pactual, habitual virar a caça Um tiro preciso, pontual, sem tá no visual Pela distância entregou quem poderia ser o praça Isso é trapaça intelectual, um gigante puto Leva pra alma insulto, sniper monstro, desgraça O King atravessa o viaduto, sabendo que é oculto O rastro do puto que agora é só um vulto na fumaça